Em Nova Lima, existiu 30 anos o chamado Lixão do Galo. A escolha do local levou em conta a proximidade com a cidade (2,3 km) e o fato de ser uma encosta inadequada para edificações.
Na época, não foi considerado que os resíduos poderiam afetar um curso d’água essencial para Nova Lima, Belo Horizonte e Raposos, o Rio das Velhas.
Em 2002, a FEAM realizou o fechamento do lixão. O Ministério Público, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), exigiu da prefeitura:
- Mapeamento e fechamento das fraturas no maciço com bentonita.
- Contenção imediata do talude.
Anos se passaram até que, na gestão 2020-2024, a Prefeitura de Nova Lima, com a Secretaria de Obras, decidiu buscar uma solução definitiva. Para isso, contratou uma empresa especializada para realizar estudos técnicos e entender as intervenções necessárias. A Singulare foi responsável pelos estudos preliminares, analisando aspectos como estabilidade e vegetação. As conclusões foram:
- O antigo lixão não contribui para a poluição do Rio das Velhas.
- Não há sinais de trincas, rupturas ou deslocamentos, o que garante a estabilidade da encosta.
- Devido à vegetação densa e ao status de Área de Proteção Permanente (APP), recomenda-se apenas cercar a área frontal e limpar as canaletas de águas pluviais, sem necessidade de barreiras adicionais.
Com base nesse estudo, a solução priorizou a preservação ambiental e a segurança do local, com isso foi realizado o PTRF (Projeto Técnico de Reconstituição de Flora) em uma região de 0,5 hectares dos 6 totais.